Contadores de
histórias... quando ouvimos essa expressão quase sempre vamos lá atrás no tempo
e nos recordamos de uma tia ou avó que nos contavam histórias antes de dormir.
Infelizmente, contar histórias e, principalmente, se contar para o outro tem se
tornado uma prática pouco comum ou quase inexistente. Perdemos o sentido mais
primário que essa linguagem propicia: de agrupar pessoas, aproximar e
compartilhar.
No corre-corre da vida, na linguagem industrial que algumas
emissoras impõem, pouco tempo reservamos para simplesmente contar histórias para
nossos filhos.
Esquecemos que, através das histórias, a criança cria seu
próprio inventário moral, elabora questões que a angustiam e se sente
alimentada.
Através de personagens que têm que vencer obstáculos, sair
do âmbito familiar e conseguir sucesso no mundo externo, preparamos o pequeno
ouvinte para vivenciar com mais segurança suas próprias derrotas e perdas.